Wednesday, June 24, 2009
Filhos
A Sofia estava tão brava no final-de-semana, e eu não sei o motivo exato, assim como não vou ter a resposta porque ela não vai conseguir me contar. A pequena não tem condições de expressar com palavras o motivo de sua aflição, ou o que a deixava brava. Tento prestar atenção no meu instinto e nas minhas hipóteses, me colocar no lugar dela. Acho que é o que o Bion chama de reverie, a capacidade da mãe de captar o que é inconsciente para a criança e transformar em algo digerível, que faça sentido. Ou por palavras, ou por uma atitude acolhedora, sem entrar na mesma sintonia do filho. Conseguindo se manter separado, raciocinando. Ao mesmo tempo próximo, compreendendo, se colocando no lugar do outro, e separado, uma pessoa que não está imersa naquele sentimento.
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