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Thursday, April 22, 2010

Me hackearam!

Roubaram minha senha do hotmail e enviaram para todos os meus contatos uma mensagem pedindo dinheiro porque estava com problemas em Londres!
Espero que consiga recuperar o acesso à minha conta, porque eu guardava muitos artigos nas pastas, além dos contatos. Nunca achei que isso pudesse acontecer porque não pensava que minhas mensagens tivessem algum valor para outras pessoas (apesar de que o Shri já havia me avisado pra trocar de senha por outra mais difícil). Mas não é uma conta de banco, não envolve dinheiro, sei lá...
Tiro duas lições do ocorrido: a primeira é que tudo que é seu pode ser roubado, até um chinelo velho, as pessoas são muito estranhas (mais um fato para comprovar). Segunda: preciso me atualizar em tecnologia, porque o Shri começou a escrever para o Hotmail sobre o ocorrido, falando em termos tão enigmáticos que me senti totalmente por fora.
Por fim, para me contatar, podem usar o vffavaro@gmail.com.

Friday, April 16, 2010

Em busca do tempo perdido

Cheguei à página 500 do livro "Em busca do tempo perdido", do Marcel Proust! Não foi fácil e devo admitir que houve trechos em que passei mais rápido, em especial aqueles que dissecam a sociedade francesa do século XIX. Estou mais interessada no modo como ele descreve o próprio sentimento, como afirma tantas verdades sobre a alma humana.


O livro é praticamente a única obra do autor e é autobiográfico, apesar de conter trechos fictícios. Acho que ele não poderá ser transposto para o cinema devido à dificuldade em narrar o mundo interno do autor. O enredo em si é simples, sem tantos acontecimentos, (apesar de abarcar a vida inteira do personagem principal). Mesmo assim, já existe um filme baseado no primeiro volume, "Um amor de Swann", de 1984, com Jeremy Irons, que é bastante interessante pelas imagens e recriação da época.


Aos poucos o personagem está se tornando mais melancólico: teve uma grande desilusão amorosa e não corresponde aos anseios de seus pais. Seus próprios sonhos profissionais não são realizados por conta de sua asma e de sua fragilidade emocional. Ele vai discursando sobre suas lembranças, as expectativas em relação ao futuro e o que acontece no presente, e tudo parece muito dolorido. Ao mesmo tempo é tão verdadeiro e presente em algum grau na vida das pessoas em geral.


É curioso pensar que após tanto tempo, todos os personagens bem sucedidos do seu círculo só são conhecidos através do que Marcel Proust achava deles. A própria passagem do tempo ajudou a burilar o que importava dos acontecimentos do seu círculo social, e o que ficou foi... a própria visão dele...